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Número 1: Cancelamento de Ruído

"O silenciamento é sutil, delicado, aos poucos. Se ignora o esforço, se ignora a existência, e o incômodo começa a surgir"
Categoria: EXTRA
Coreógrafo(a): Diego Lehder
Bailarinos(as): Rafael Ferreira, Jamilly Alencar, Sayuri, Davi, Lídia

 

Número 2: Eu Lírico

"Duas personalidades entram em conflito, um quer mudar, a outra ainda sente o medo, e o duelo entre duas personalidades começa"
Categoria: EXTRA
Coreógrafo(a): Diego Lehder e Imaculada Gadelha
Bailarinos(as): Sayuri, Davi, Diego Lehder, Imaculada Gadelha, Júlia Rabelo

 

Interlúdio:
Eu Tenho Um Sonho, Antropofágico

Eu tenho um sonho que mastiga o Brasil,
com dentes de ouro arrancados das minas,
com bocas de lama que gritam da maré.
Sonho canibal, devorador de fronteiras,
porque aqui tudo é nosso e nada é deles.

Eu sonho com o morro virando navio negreiro às avessas,
onde o samba invade a casa-grande e toma o sofá.
Sonho com indígenas ressurgindo do chão que nunca deixou de ser deles,
dançando entre os arranha-céus, sem pedir desculpas.

Meu sonho não é civilizado, porque a civilização nos sangrou.
É selvagem, feito carne de mandioca,
feito batuque que incomoda o silêncio do colonizador.
Sonho de corpos fluidos, que escapam da prisão das palavras.

Vejo escolas que ensinam o impossível,
gente que aprende a desobedecer o medo.
Vejo o barraco erguido com poesia,
onde o teto não é de zinco, mas de estrelas.

E nas ruas, eu sonho com travestis coroando a cidade,
com mulheres pintando o futuro de batom vermelho,
com negros assumindo o centro do palco,
não para entreter, mas para comandar.

Eu sonho com um Brasil que não pede licença,
que lambe a cara do mundo com gosto de dendê.
Sonho antropofágico, irreverente,
que cospe as algemas do velho e mastiga o amanhã.

Porque o sonho é de todos,
mas só quem sabe morder conhece a revolução.


 

Número 3: Sonhos

"Para mudar, precisamos sonhar"
Categoria: BALLET
Coreógrafo(a): Giovana
Bailarinos(as): Gabriela Vitalino, Giovana, Keyla Larissa, Lídia Silveira, Sara Cavalcante

 

 

 

Interlúdio:
Eu sonho, mas eu tenho medo.

O medo me convida pra dançar,
um samba torto, um tango sem fim.
Me agarra, me vira do avesso,
e eu rio da sua cara de sério.

Ele quer me engolir,
mas sou eu quem mastiga.
O passo vacila, o chão se quebra,
e eu piso nas rachaduras.

Depois do medo, vem o banquete:
mudança servida crua,
vida mastigada sem garfo.
Eu danço, eu devoro,
e o medo vira força na minha barriga.


 

Número 4: Medo

"Medo, vamos dançar?"
Categoria: DUO

Coreógrafo(a): Diego Lehder e Imaculada Gadelha
Bailarinos(as): Diego Lehder e Imaculada Gadelha

 

 

Interlúdio:
 

Me fizeram o demônio. 

O medo de mim me fez criar dois “eus”

Os próprios meus me temem, outros povos me temem.

Temem o que não conhecem mais, temem o que nunca conheceram,

nem nunca conhecerão.

 

Com tantos medos, o que me resta é a ruptura, através da dor.

Dor essa que transformo em catalizador de mudanças.

Ah, foram tantas andanças, tantas. 

Fiz das lágrimas minha companhia,

Não a melhor, mas a que tive.

 

Oh gente da minha terra

que vos recebi ingenuamente em 1500

Estou cansado, estou…Fadado.

 

Número 5: Fadado

"Uma homenagem aos imigrantes, sujeitos a trabalhos não desumanos, mas por tratos ingratos e indiferentes" 
Categoria: SOLO
Coreógrafo(a): Diego Lehder
Bailarinos(as): Diego Lehder

Interlúdio:
Gritos de guerra

 

Número 6: Baianá

"Já chega, é hora da revolução, avante!"
Categoria: JAZZ
Coreógrafo(a): Daniel Rufino
Bailarinos(as): Aimée Oliveira, Daniel Rufino, Gabriela Vitalino, Joyce Alves, Lídia Silveira, Pedro Ian, Sâmilly Matos, Wivian de Sousa

 

Número 7: Liberté

 

"Uma obra que poderia ser escrita por Quentin Tarantino"
Categoria: EXTRA

Coreógrafo(a): Diego Lehder
Bailarinos(as): Imaculada, Sayuri, Davi, Júlia, Henrique, Jamile, Rafael

 

Número 8: Disciplina

"Não corra, não páre, não fale. A disciplina será nossa principal arma nessa revolução"

Categoria: Jazz Funk

Coreógrafo(a): Gabs
Bailarinos(as): Ana Helica Nepomuceno, Cibele Anne, Davi, Gabriela Vitalino, Igor Allen, Jaqueline Rodrigues, Joyce Alves, Keyla Larissa, Mariana Dantas, Nejla Lima, Sâmilly Matos

 

Interlúdio:
Revoluções nascem do coração em chamas,
De vozes que sussurram, mas que o mundo reclama.
Elas rasgam a noite, trazendo nova alvorada,
Mas também deixam rachaduras, uma terra fragmentada.

Divisões não são finais, mas linhas que podemos unir,
Pontes a construir, se quisermos insistir.
Nas cinzas das revoluções, há sempre um renascer,
Pois é no caos que aprendemos o que é viver.

Número 9: Muros de Berlim

"Decidir é abdicar, apesar da vitória, muros se constróem"
Categoria: ZOUK
Duração: 4 minutos e 12 segundos
Coreógrafo(a): Imaculada Gadelha e Diego Lehder
Bailarinos(as): Diego Lehder, Jamilly, Júlia Rabelo, Rafael Ferreira

 

Interlúdio:
Romper barreiras é um ato de coragem e fé,
Enfrentar o impossível, mesmo que o corpo não dê.
A evolução é silenciosa, uma dança sem plateia,
Mas cada passo é um grito contra a cadeia.

Somos mais do que as paredes que nos prendem,
Somos os sonhos que o futuro nos estende.
Romper não é o fim, mas o início da jornada,
Pois só quem se liberta descobre a estrada.

Número 10: Prezadas Alunas

"Chegou a hora da evolução, aprenda conosco, as novas melindrosas"
Categoria: FEMME
Coreógrafo(a): Sol
Bailarinos(as): Adelaide Aragão, Jamilly Alencar, Lara Paula, Luciana Costa, Sayuri Goya, Sol

 

Número 11: XOXO

"Beijos e abraços minhas amiges, que o amor vença sempre o ódio, porque por dentro somos sempre humanos"
Categoria: HEELS
Coreógrafo(a): Bruno Peixoto
Bailarinos(as): Ana Helica Nepomuceno, Evyla Soares, Gabriela Vitalino, Keyla Larissa, Lucinara Fernandes, Nejla Lima

 

Interlúdio:
Brasil, Devolva Minha Bandeira  

 

Brasil, terra de mil vozes,  

de rios que desenham o peito da terra,  

de montanhas que guardam histórias antigas.  

És o abraço que acolhe,  

a mão calejada que planta e colhe,  

o sorriso que não se rende,  

mesmo quando o dia nasce pesado.  

 

Mas há um grito preso no ar,  

um clamor que atravessa a mata e o asfalto:  

“Devolva minha bandeira!”  

Devolva o verde que é esperança,  

o amarelo que é brilho de suor,  

o azul que reflete o céu que nos une.  

 

Tens o cheiro de café fresco,  

o gosto do tempero que mistura mundos,  

a dança dos corpos que se encontram nas ruas,  

sem perguntar de onde vieram.  

És samba, forró, maracatu,  

um batuque que nunca para,  

que canta o passado, mas sonha com o amanhã.  

 

Teus filhos são de todas as cores,  

todas as crenças,  

todos os amores.  

És a terra onde o diferente é raiz,  

onde o igual se reinventa.  

 

Brasil, és rio que deságua no mundo,  

mas nunca perde a alma.  

Tens o calor que não está só no sol,  

mas na gente que se abraça,  

que insiste em sorrir,  

em transformar,  

em lutar.  

 

Devolva minha bandeira, Brasil,  

e com ela, o sonho de um país inteiro,  

o desejo de um lar sem muros,  

um amanhã que não deixe ninguém para trás.  

És mais que um país;  

és sentimento,  

és promessa,  

és lar.  

E em ti, Brasil,  

há sempre espaço para mais amor,  

mais luta,  

mais vida.  

 

Número 12: Devolva Minha Bandeira
Categoria: Jazz Funk
Coreógrafo(a): Daniel Rufino
Bailarinos(as): Aimée Oliveira, Daniel Rufino, Gabriela Vitalino, Igor Allen, Joyce Alves, Lara Paula, Luciana Costa

 

Número 13: Agradecimento
Categoria: EXTRA
Coreógrafo(a): Escola O Casulo
Bailarinos(as): Todo o grupo

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